Nua e Crua.

terça-feira, 15 de março de 2011

Criar um blog na internet não foi uma tarefa tão fácil quanto pensei que seria. As dificuldades vão além dos obstáculos colocados pela falta de conhecimento na área.
Foram algumas horas tentando descobrir como funcionava e mais outras horas pra deixar do jeito que eu queria. Escolher papel de parede, fazer o papel ficar ali, onde foi escolhido, pausas para respirar fundo, entrei numas dez janelas que me levavam ao mesmíssimo lugar e parei de bater no meu teclado assim que percebi que havia perdido a cabeça... respira... meu perfil não ficava do jeito que eu queria e voltei umas três vezes a estaca zero... sentia minha face queimar... não é possível, todo mundo tem blog e nem precisa de diploma! Não conseguia fazer com que meu texto, já prontinho e esperando, ficasse no seu devido espaço, fui obrigada a xingar a porcaria de tecnologia incompreensível e inútil, quando na verdade era eu que precisava de um tapa na cabeça...
No final era tudo muito simples e óbvio, para minha vergonha. E essa foi a parte fácil. Somente algumas horas de irritação e desespero e ta nann!... Prontinha.
Ao criar o espaço que tanto queria, deparei-me com a página que esperava impaciente pela minha primeira postagem. Estava vazia, mas já com meu nome e descrições, pronta para anunciar meus pensamentos mais íntimos ao mundo inteiro. Senti-me nua a frente de uma platéia.
Não que eu tenha grandes segredos a esconder, mas expor assim tudo... minhas piadinhas mais ridículas, meus medos mais bobos e até mesmo correr o risco de expor um ou outro erro de português?
Meu buraco apareceu novamente, aquele mesmo que sugou minhas energias, partindo do meio de meu peito.
O buraco negro está se tornando íntimo, já são dois dias consecutivos de visita, e logo meu coração vai ter que aprender a conviver com isso, parando de ter um ataque cada vez que o buraco ameaça a sugar tudo em sua volta, deixando apenas um manto negro. Manto que cobre a clareza de minha coragem, auto-confiança e o futuro tão promissor que guardam minhas esperanças.
Dessa vez o buraco ainda estava acompanhado por um rubor em minha face e sentimento extremo de vergonha, em resposta ao nudismo explícito que eu me preparava para executar. Meus dedos tremiam e exitavam em copiar o texto para o local de destino.
Eu jamais expus um texto meu dessa maneira. Normalmente eles caíam em mãos de pessoas tão próximas, que nunca cheguei a considerar que eram tão íntimos. Agora eu estava exposta a divergir de outras pessoas em certas opiniões, podia até magoar alguém com uma só palavra... Corei ao pensar em cada rosto conhecido que nunca havia chegado perto do meu verdadeiro eu e que agora mergulharia no meu mundo de cabeça e veria cada sentimento, cada fraqueza minha. E se não gostassem? Pior, e se considerassem ridícula minha ambição diante do que liam? Mas o que se há para fazer agora?
Haviam duas opções para meu dilema momentâneo: copiar o texto e esperar para ver o que realmente acham; ou ter como fato que o que eu faço não é bom, esquecer meu sonho e tentar pensar em alguma coisa legalzinha para substituí-lo.
Respirei fundo, dando um empurrãozinho para meu coração bater mais forte, afastando assim o buraco. Posicionei o mouse, fechei os olhos com força, procurando lembrar dos incentivos de meu marido ao ler o texto, a alegria de ver que alguém sorriu com um comentário espirituoso, o encorajamento de meus amigos que sabiam de meus planos... Meus amigos!... E o que eu diria às pessoas que já sabiam o que eu começara? - Sabe o que é, eu fiquei com vergonha e desisti... - Não, eu não podia me deixar derrotar, eu jamais me perdoaria. Sou mais forte do que isso. Posso aguentar a vergonha de me expor, posso suportar um comentário negativo, mas não suportaria abrir mão de todo o bem que me faria realizar essa façanha... Um... dois... três...e copiei. Apertei o botão "salvar" antes mesmo que desse tempo de surgir novas questões, e a página apareceu.
Senti meu coração voltar ao seu compasso e pude enxergar tudo aquilo que estava tampado pelo manto negro. Agora estava claro. Meu sorriso se abriu por reflexo, e isso só podia ser um bom sinal.
A timidez ainda me acompanhava, mas agora com um certo alívio, a decisão estava tomada e não havia nada que pudesse calar a esperança ao ver minha primeira obra pública. Meu prazer infantil de ver as letras rabiscadas, como quando imitava os livros com desenhos, mas agora com palavras de minha autoria, no Meu texto...






UM POUCO DE TUDO DE TUDO UM POUCO Says: 


UFA, TÃO SIMPLES PORÉM TÃO DIFÍCIL, MAS EU TÓ ADORANDO CAROL, ESCREVA COMO SE FOSSE UM DÍARIO, É MELHOR RECEBER CRITICAS DO QUE A INDIFERENÇA, ESCREVA PRA VC SEMPRE E LEMBRE-SE O QUE VC SENTE O MUNDO TAMBÉM SENTE JÁ QUE ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO, AH E OBRIGADO PELA FORÇA, VALEU, FIQUE COM DEUS UM BJ

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