Apenas um carinho.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Hoje acordei com todos os problemas: dor de estômago, mal estar, dor de cabeça(tem coisa pior que abrir os olhos de manhã já com dor de cabeça?). Meus dois filhos vieram imediatamente pedir seu café da manhã, que fiz com grande sacrifício, pois minha vontade era ficar encolhidinha na cama, sem me mexer até tudo passar...
Odeio remédios! Creio ter puxado isso do meu avô, que também só tomava algo quando não tinha jeito mesmo, ele batia no peito e dizia:
 - Tô bom! Não precisa de remédio, me faz uma água com limão que isso passa...- Meu avô resolvia tudo com água com limão.
Eu tenho essa mania, de ficar sofrendo com dor de cabeça, ou qualquer outra coisa e negando que estou mal. Aguentei bem o dia de ontem sem reclamar muito das cólicas e não tomei remédio, nem deixei de fazer nada por isso. Mas hoje, ao trocar as crianças para a escolinha percebi que não seria uma boa idéia levá-los nesse estado, minha cabeça poderia explodir no meio do caminho...
Liguei para meu marido, que estava trabalhando, e contei-lhe como estava me sentindo, ele logo perguntou se eu havia tomado algum remédio... - Claaaro que não! Só queria que você levasse as crianças para a escolinha. - A escolinha deles fica a um quarteirão de casa, por isso normalmente é uma tarefa fácil levá-los, mas nessas condições, estava com medo da distância...
-Querida você precisa tomar alguma coisa! - E me passou a lista do que eu tinha que tomar, em seguida disse que viria pra me trazer os remédios que faltavam em casa e levar as crianças para a escola.
Pronto, agora além de ter que admitir que estou doente, ainda tenho que tomar remédios... Eu sempre achei que quando uma mulher vira mãe, ela deveria ter imunidade às doenças. Mãe não pode se dar ao luxo de ficar doentinha e deitar! Onde é que a mãe natureza -que é mãe e por isso deveria ter pensado melhor - estava com a cabeça quando não nos deu essa imunidade? Eu fico indignada com essa falha toda vez que fico doente.
Meu marido chegou, levou as crianças para a escola e depois veio se certificar de que eu estava melhor, se tinha tomado as vitaminas que ele trouxe - vitamina ainda vai - conversou um pouco comigo, me tranquilizou, fez uns carinhos e depois foi trabalhar.
E eu realmente dei uma melhorada, mas não dou esse mérito aos remédios, de jeito nenhum, e sim ao carinho e atenção que ganhei do meu marido. De todo esse horror que eu tenho de ficar doente, essa resistência pra aceitar que preciso fazer algo para melhorar, porque não estou bem, ver esse carinho que meu marido tem por mim foi muito gostoso.
Não fiquei orgulhosa de chamá-lo do trabalho e odeio fazer papel de doentinha, mas um carinho faz um bem tão grande que parece ajudar mais  que qualquer remédio. Durante um abraço some qualquer mal estar, dor, tristeza, preocupação... As pessoas se preocupam com a saúde e tomam vitaminas, se alimentam bem, fazem exercício, mas esquecem do maior bem de todos: ABRAÇAR, BEIJAR, DAR CARINHO...
Sou da opinião de que deveria ter um comercial assim:
-O ministério da saúde aconselha: Um carinho por hora faz bem a saúde. - Sabe quantas vidas iam se salvar?
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