Um minuto.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Um minuto eu tinha para pensar no que escrever. Era pouco tempo... Tinha um minuto para falar num vídeo, tempo demais, já que não sou amiga das câmeras. Em um minuto a vida pode mudar, pois é o tempo exato para se apaixonar por alguém, para ler e reler seu nome na lista de aprovados pelo vestibular, para ouvir e responder as três palavras mais esperadas: Eu te amo.

Mas em um minuto se pode passar a eternidade, é aquele tempo que não passa quando você não tem palavras e precisa falar, interminável o minuto de uma espera, de uma preocupação. É o tempo exato para perder o ônibus. Pouquíssimo tempo quando é preciso entender uma tragéia, mas parece muito tempo quando se faz o silêncio por ela.

Muitos minutos são precisos para falar com uma amiga ou com o namorado no telefone, impossível usar só um. Mas é mais que muito para ouvir uma bronca do chefe, ou para explicar a ele o que aconteceu.

Em um minuto as crianças acordam e meu texto fica interminado. Em um minuto passa milhões de coisas pela minha cabeça, que nesse tempo não consigo organizar.

Um minuto fico sem respirar na piscina, ou no beijo de tirar o fôlego. Em um minuto conto cada demorado segundo, me faltando o ar e sufocando de preocupação quando ele não atende o telefone e está chegando de viagem.

Um minuto... um minuto para ler esse texto... um minuto é o tempo exato para se explicar a relatividade, é onde se vive passado, presente e futuro. Onde se pensa no que acaba de acontecer, onde se muda de idéia e decide o caminho... um minuto é pouco para explicar...um minuto.
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