Grãos de Areia nascendo!

terça-feira, 3 de março de 2015


 
Sabe quando você está tão feliz que não cabe em si? Hoje é um dia assim!

Eu já tinha muitos motivos para estar feliz hoje, meu filho tirou notas boas na prova, o marido foi elogiado pelo maravilhoso trabalho como diretor de projeto, minha mãe chega hoje para me visitar, depois de 1 ano sem vê-la, daqui 2 dias completo 10 anos de casada com minha alma gêmea e melhor amigo... Mas aí vem aquela notícia que te transborda: meu livro está pronto para impressão!

E sabe quanta luta e insistência isso significa?

Escrever um livro foi uma aventura cheia de surpresas e provações. Eu não tinha ideia em que estava me metendo quando comecei tudo isso. Quando comecei a escrevê-lo, imaginava que a parte mais demorada e mais difícil seria escrevê-lo, mas a edição mostrou-se um desafio maior do que o esperado.

Claro que escrever foi algo desafiador, eu passei por dias de criatividade e satisfação, também por dias que dá vontade de jogar tudo pela janela, que não sai uma frase descente e que o branco toma conta de todo seu campo fértil no cérebro... Porém, com teimosia e determinação, fui escrevendo, fui fazendo um pouquinho por dia, nem que fosse uma página, nem que fosse uma frase, mas ele foi saindo, afinal, dependia só de mim.

Bem, a edição não é tão simples, não depende só de mim. Aliás, fica totalmente na mão de outras pessoas, que poderão gostar ou não, entender ou não e até recusar sem ao menos ler uma frase do que você escreveu. Quem você pensa que é pra mandar a cópia para uma “grande” editora como a nossa? Muito obrigada, mas não aceitamos desconhecidos... Claro, eles escrevem com mais jeitinho, mas, em resumo, é isso aí...

Aí pode acontecer de seu livro cair na mão de alguém que não gosta do seu estilo de escrever e que, mesmo aceitando trabalhar com você, vai tentar modificar todo ele. Você trava uma luta com sua auto confiança e, de repente, você começa a se questionar sobre a qualidade do que faz. Com a constante crítica de um profissional, toda sua base vai se danificando até o ponto de dizer “Chega! Eu sei o que estou fazendo!” ou “Certo, vamos mudar isso”. Por sorte, ou melhor, por orgulho próprio e incentivo de pessoas que acreditam em mim, eu disse “Chega!”.

Anos de tentativas e até mesmo eu, que sou tão teimosa, quase desisti. Nesse meio tempo em que nada estava levando à edição do livro, só pra que acontecesse algo nesse campo, eu encomendei a capa de um amigo gráfico (por sinal, ele foi nomeado um dos melhores capistas da europa, muito orgulho dele), assim, se não conseguisse editora, teria o trabalho completo e bonito em mãos. Não seria o mundo editorial que me impediria de ter um livro terminado, nem que ele não acontecesse “como manda o figurino”.

Até que um anjinho, uma talentosa escritora e amiga, Aryane Silva, pede para dar uma olhadinha na minha obra, para dar alguns conselhos. A Ary tem um jeitinho todo meigo de escrever, com o qual me identifico muito, e se alguém poderia me dar uma luz, é claro que tinha que ser ela! Passei meu livro para que ela lesse, sem pressa e esperando uns conselhos de mudar aqui e ali, como já tinham feito. Mas ela o devorou, escreveu-me um e-mail que me colocou aos prantos de felicidade, dizendo que estava do jeitinho que tem que ser, que era emocionante e que iria me ajudar a fazê-lo acontecer. Eu não sei se ela tem noção de quanto foi responsável pela minha felicidade no dia de hoje, mas escrevo aqui, mais uma vez, que foi essencial! Depois de ler o livro me colocou em contato com a Darda Editora, onde o editor também amou minha escrita e apostou nela. E, mais uma vez, os elogios dele reconstruíram todas as minhas bases de confiança no caminho que escolhi.

Foram meses de muito trabalho com a edição e um capricho e respeito por parte da editora que eu já estava achando que não existia nesse meio. Muitas consultas, lendo e relendo, arrumando todos os detalhes, até chegar ao numerinho tão esperado da certidão do meu mais novo bebê: Grãos de Areia!

A emoção transborda, a alegria esquenta o dia frio da Hungria e de repente se torna primavera! O dia nasceu ensolarado e hoje nem uma tempestade apaga meu sol interior.

Eu sei que esse é apenas um passo para se tornar uma escritora, é o primeiro livro, numa pequena tiragem (espero ter que encomendar mais), mas sei também que o primeiro passo é o mais difícil de se dar, os outros vão ganhando embalo na caminhada, com um impulso dessa cabeça dura aqui. Ainda vou bater a cabeça, vou me descabelar um pouco (ou muito), vou receber críticas negativas (esperadamente, afinal só incomoda o que faz barulho, não é?)... Mas eu vou caminhando, com meus pés pequenos, constante e determinadamente.

Obrigada aos meus leitores, que foram o combustível para acreditar que eu poderia fazer, aos meus amigos, que deram muita força, minha família linda, que me apoia em tudo, meu marido, fonte da minha inspiração, à Aryane, por me trazer de volta ao caminho, ao Levente, meu capista talentoso e à Darda Editora, pelo trabalho maravilhoso que vem cumprindo.

Viva o dia de hoje!

Grãos de Areia nasceu!

 
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